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domingo, 24 de outubro de 2010

NOS SOMOS A DIFERENÇA , SIM

Nós, fazemos a diferença , Sim.

(Nota do Grão-Mestre da Maçonaria Egípcia sobre a situação das Lojas Masculinas e Femininas e sobre os membros que não aceitam a associação como uma entidade mista. Este texto serviu como base para a alteração da Constituição Federal da GLOMEB através de Emenda-Constitucional 001 de 24 de outubro de 2010)

"O que me preocupa não é o grito dos maus, mas sim o silêncio dos bons" (Martim Luther King)

Vivemos em um mundo, onde atualmente, as pessoas se fecham cada vez mais em suas casas, sem que essas casas realmente sejam "lares"; prendem-se mais a internet e seus atrativos do que na conversa com outros seres humanos e, quando pensam que se interessam por outros seres humanos, em verdade nem os conhece direito, pois são contatos virtuais, pessoas as quais não sabemos a aparência, o sexo, a idade e nem a ideologia, fantoches que se fazem passar por pessoas de carne e osso apenas para atrair nossa atenção, uma vez que, ainda, o ser humano se espanta mais com o ser humano do que qualquer outra coisa.
Nesse mundo agitado, de infinita relações virtuais, de responsabilidades que podem ser rompidas através de um simples "click" do mouse ou ainda por um "delete", bem como pelo mero bloqueio daquele ao qual não mais queremos ver em nossa tela do notebook ou PC, destaca-se de forma pejorativa o isolamento social disfarçado sobre o nome de "redes sociais" que na verdade nada mais são do que ferramentas para o domínio da máquina sobre o homem.
É justamente neste contexto social, onde o mundo se divide entre o e-mail e o fax, o cd e o vinil, a televisão e o computador, o livro e o e-book, que (re) surge a Maçonaria Universal da qual a GLOMEB é uma das atuais e possivelmente a maior representante do verdadeiro espírito maçom, com a incumbência de criar o espaço ideal para a confraternização dos seus membros, um espaço virtual porem humanizado através da interação dos seus associados que se valem de outras ferramentas de aproximação, principalmente a possibilidade das reuniões em espaço físico, ainda que em menor número do que as reuniões virtuais, que têm a seu favor o fator comodidade (tempo de deslocamento, convívio com a família, segurança, participação à distância garantindo a presença de todos, acesso aos profissionais que devido a suas ocupações não podem participar de uma loja física semanalmente e outras comodidades).
Somos oposição a ultrapassada maçonaria de poucos, da maçonaria da elite, daqueles que se sobrepõe aos outros pelo valor do seu contra-cheque ou pelos títulos que possuem.
Somos antagônicos aos "palácios maçônicos" de milhões de reais, cuja finalidade é apenas a ostentação aparente que agride uma sociedade já tão esbulhada em seus direitos e principalmente afastada dos bens de consumo por uma máquina extremamente capitalista e nada solidária, da qual aquele tipo de maçonaria se tornou ícone, justamente devido a sua opulência desnecessária, inconveniente e desproporcional a realidade na qual vivemos e muitas vezes da localidade onde esses tais "palácios" se levantam em total afronta a população local.
Não concebemos a idéia de uma loja maçônica onde os valores da construção interna (corrimão da escada folhado a ouro, degraus em mármore carrara, Trono de Salomão importado, sede administrativa disputando lugar com os edifícios do Poder Público Federal, tanto em suntuosidade quanto em desperdício e ociosidade, apenas por ostentação gratuita).
Somos a contrariedade viva, ambulante e pungente aos maçons que até agora dominaram esse tipo de associação, que deveria ser de pessoas justas mas que foi invadida pelos mais estranhos sujeitos da nossa sociedade, os quais buscaram na Maçonaria apenas o conforto próprio e a idolatria da formalidade e exuberância como forma de demonstrar seu poder e autoridade, colocando-os acima da sociedade onde foram gerados.
Somos, da mesma forma, totalmente contrários à posturas radicais de exclusão que se impõem (ou querem se impor) frente aos avanços sociais igualitários que colocam todos no mesmo patamar e expressam o verdadeiro entendimento do que é Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
Não podemos compactuar, de forma alguma, com uma maçonaria discriminatória, que impede o acesso de mulheres bem como de classes minoritárias ou marginalizadas socialmente, aos seus quadros, alegando simplesmente uma "fonte ritualística" fraudada ou – no mínimo – má interpretada, para não dizer "arbitrariamente interpretada de forma distorcida".
A Maçonaria Egipcia – GLOMEB - tem em seus registros e estudos, ligados originariamente ás fontes ritualísticas e sacerdotais, anotados todo o corolário de desenvolvimento da maçonaria e neles não há, ou pelo menos nunca houve, até o ano de 1717 (suposta data de fundação da maçonaria, com o advento da Grande Loja Inglesa) nenhuma distinção entre homes e mulheres nos quadros das filosofias esotéricas, aqui incluindo-se a Maçonaria.
A distinção entre sexos dentro da maçonaria foi uma invenção moderna, unicamente para transformar as Lojas em clubes masculinos, tornando o espaço privativo de algozes retrógados que não admitem o avanço das relações sociais entre as pessoas e na igualdade de todos os membros da sociedade como o principal instrumento de unificação dos povos e fortalecimento das comunidades.
De um lado temos o avanço tecnológico que possibilita às pessoas terem um mundo – ainda que fantasioso – dentro de suas casas e ao alcance de um modem, e do outro temos uma Maçonaria que se mantém estabelecida através de falsos padrões ritualísticos manipulados ao bel prazer de dementes soberanos, que mais se assemelham a débeis tiranos do que verdadeiros líderes.
Os membros dessas associações maçônicas estão velhos e ultrapassados, recusam-se a aceitar esse fato inexorável que é o tempo e igualmente se recusam a aceitar que a captação de uma força jovem é inerente à continuidade da associação. Quando me refiro ao "velho" não o faço de forma pejorativa, pois envelhecer é da característica humana, o que é pejorativo é o adjetivo "ultrapassado" que empresto a essa categoria de pessoas. Envelhecer com sabedoria, ao contrário disso tudo, é uma dádiva a qual parece faltar a esses nossos líderes sociais e associativos. A pior herança que esses maçons velhos estão deixando aos "cegos jovens" que os acompanham é justamente a separação entre homens e mulheres e o critério de discriminação inaceitável praticado por essas potencias.
Sem uma política de atração aos jovens e às mulheres, mantendo as chamadas "minorias" afastadas das associações, insistindo que os clubes e associações continuem pertencendo apenas à elite, esses grupamentos, dentre os quais destaco a Maçonaria, estão com seus dias contatos e devem isso totalmente a atual gestão que se acomoda em ver seus membros saindo pela porta do fundo sem ter uma estratégia de incentivo para mantê-los fieis aos ideais que os atraíram ou que deveria tê-los atraído, pois muitos, ingressam nessas associações sem o menor conhecimento dos objetivos do grupo, apenas pela nomenclatura de um nome imponente ou para, meramente, utilizar um símbolo, uma insígnia ou um botão (boton).
Focando principalmente na Maçonaria, temos diante de nós uma situação insustentável que é exclusividade de homens e pessoas sem "defeito físico" (necessidades especiais), deixando-se de lado a apreciação que seria mais importante, ou seja, a "perfeição de coração e de alma" essa que nos foge a avaliação documental e que se expressa pelas atitudes e atividades de cada um, bem como se percebe "olho-no-olho". Ao prosseguir com esses critérios de exclusão, a Maçonaria colocar-se-á em pouco tempo na condição de "associação indesejável" para a qual guinarão apenas os incautos desejosos de uma ascensão social perante seu rol de amigos ou desafetos, na esperança que o nome Maçonaria possa lhes servir em algo ou lhes dê alguma vantagem, de preferência ilícita, isso motivados pelos exemplos recentes (passado próximo) e atuais.
Finalizando, a Maçonaria Egípcia do Rito Árabe – GLOMEB – Grande Loja Regular e Simbólica da Maçonaria Egípcia no Brasil, reafirma o seu repúdio aos velhos conceitos da associação maçônica unicamente masculina e de homens perfeitos fisicamente, assume publicamente e cada vez mais a sua ideologia da abertura dos seus quadros de associados para todos os interessados, independente de sexo, orientação sexual, idade, cor, religião e ideologia política ou filosófica, mediante a comprovação de uma ocupação lícita e um passado idôneo, aliados à vontade e demonstração de atividades sociais que comprovem ser o candidato um idealista e um partidário da fraternidade sem fronteiras, como requisitos básicos para a vida do maçom.
Entendemos, que os nossos associados devam seguir esse mesmo tipo de compromisso, lutando pela igualdade das pessoas em detrimento a exclusão por qualquer argumento que por melhor que seja não será tão forte quanto o nosso lema de Igualdade, Liberdade e Fraternidade. Acreditamos, firmemente, que nossos associados, principalmente os jovens, que demonstrem tendências separatistas entre homens e mulheres ou ainda a exclusão de pessoas com necessidades especiais, precisam – urgentemente - refletir melhor sobre as características da nossa associação e decidirem-se pela sua manutenção em nosso meio ou a saída dessas fileiras por total incompatibilidade com os nossos objetivos. Aqueles membros que se sentem humilhados ou ultrajados por maçons de outras potências pelo fato de sermos uma potência mista, definitivamente não reúnem condições básicas de pertencerem à GLOMEB, portanto devem se juntar aos seus carrascos, com os quais demonstram maior afinidade de interesse.
Definimos como "Lojas da GLOMEB" exclusivamente aquelas originarias ou regularizadas que aceitam em seus quadros homens e mulheres, desclassificamos as Lojas já constituídas ou que venham a ser constituídas com a intenção de serem somente masculinas ou somente femininas. A GLOMEB é uma instituição mista e assim permanecerá.
Ao expressar estas idéias, o Sereníssimo Grão-Mestre, ao final assinado, acredita ter colocado fim, definitivamente, a essa corrente separatista que estava nascendo em nosso meio e que, portanto, aqui não irá se criar, deixando claro a posição oficial da GLOMEB quanto a este tema e permitindo o afastamento dos insatisfeitos evitando que a permanência dos mesmos seja um instrumento de insatisfação e instabilidade dentro das nossas Colunas.
Oriente de São Jose do Rio Preto, 24 de outubro de 2010.

(assinatura e carimbo apenas no documento original)
HELIO ANTONIO DA SILVA – SERENÍSSIMO
GRÃO MESTRE DA GLOMEB

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